quarta-feira, 20 de julho de 2011

olhos de ser






Em meus olhos não figuram formas

Se candura

Construo ternura, e beleza suponho crer

Se medo

Não vejo a forma do risco que me cerca

Construo o forte no porte que me cabe

Em meus olhos não figuram formas

Vazio, é o mundo que me mostra a face

Todas as cores são minhas

Meu, é o universo infinito dos prazeres

Se dói, é a dor de meu não querer

Em meus olhos não figuram formas

Não vejo o rosto sombrio

Não rio com a criança feliz

Não choro quando parte o amigo

Em meus olhos não figuram formas

e quando julgo e penso que vejo

quando o outro parece se fazer presente

é quando não sei mais do espelho que carrego à mente

Nenhum comentário: